Ó Pai Não deixes que façam de mim O que da pedra tu fizestes E que a fria luz da razão Não cale o azul da aura que me vestes Dá-me leveza nas mãos Faze de mim um nobre domador Laçando acordes e versos Dispersos no tempo Pro templo do amor Que se eu tiver que ficar nu Hei de envolver-me em pura poesia E dela farei minha casa, minha asa Loucura de cada dia Dá-me o silêncio da noite Pra ouvir o sapo namorar a lua Dá-me direito ao açoite Ao ócio, ao cio À vadiagem pela rua Deixa-me perder a hora Pra ter tempo de encontrar a rima Ver o mundo de dentro pra fora E a beleza que aflora de baixo pra cima Ó meu Pai, dá-me o direito De dizer coisas sem sentido De não ter que ser perfeito Pretérito, sujeito, artigo definido De me apaixonar todo dia De ser mais jovem que meu filho E ir aprendendo com ele A magia de nunca perder o brilho Virar os dados do destino De me contradizer, de não ter meta Me reinventar, ser meu próprio Deus Viver menino, morrer poeta
Nosso fã-clube
Criado em março de 2008, este espaço torna-se ponto de encontro para fãs do nosso amado poeta Vander Lee, que vem a cada dia conquistando mais fãs com suas composições pra lá de poéticas!!! Sejam todos muito bem-vindos!!! Abraço vanderlouco de, Celeste Aquino!
2 comentários:
Amo o Vander Lee e estou arrasada porque não vou ao show dele aqui em Salvador- Bahia.
Amo poeta único
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